A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, presidida pelo senador Paulo Paim, debateu, na manhã desta segunda-feira (7), os direitos da categoria dos trabalhadores e aposentados ferroviários. O evento é um desdobramento do I Seminário Ferroviário, que foi realizado em maio deste ano em Porto Alegre (RS), com o apoio da COBAP.
Na mesa de abertura da audiência, que contou com lideranças do movimento dos ferroviários de todo o país, o presidente da COBAP, Warley Martins, falou sobre a importância da mobilização pelos direitos da categoria. “A Confederação tem como filiadas as associações de ferroviários mais antigas do Brasil, como o é o caso da Mútua, no Rio de Janeiro; e da Associação dos Ferroviários Sul Riograndenses (AFSR). Sabemos da importância do sistema ferroviário para todos os brasileiros, por isso essa luta também é nossa”, afirmou Martins.
Da organização dos ferroviários impulsionada no seminário, foi elaborado documento com as reivindicações mais urgentes da categoria, entre elas o aumento do salário que está há quatro anos sem reajuste. Na oportunidade, o presidente da Federação Nacional dos Ferroviários Aposentados e Pensionistas (FENAFAP), Etevaldo Pereira; ao lado do presidente da AFSR, Franklin Carvalho, entregou o documento ao senador Paim para que fosse encaminhado às demais autoridades. Além dos representantes dos ferroviários e do presidente da COBAP, também participou da mesa de abertura o presidente da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (Fetapergs), José Pedro Kunh.
Representante dos trabalhadores ferroviários no Congresso Nacional, o deputado federal, Carlos Santana, fez questão de participar da audiência e ressaltou a luta da categoria. “O maior número de presos políticos no enfrentamento à ditadura militar é de ferroviários e eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa luta”, contou.
O presidente da Associação Mútua, Geraldo Sobrinho, conta que, além de ter trabalhado no setor, é também filho e neto de trabalhadores ferroviários, por isso reconhece que a luta da categoria já pode ser considerada ancestral. “A Mútua é uma das associações mais antigas do Brasil, com 106 anos. O seu legado sempre foi em defesa das ferrovias do Brasil e dos trabalhadores ferroviários. A nossa luta é por dignidade”, afirmou Sobrinho.
Vassil Nogueira, diretor da COBAP e presidente da Associação dos Ferroviários Aposentados Central do Brasil, fez questão de enaltecer o apoio da COBAP como fator fundamental na mobilização da categoria. “O presidente da COBAP nos impulsionou para organizarmos nossas reivindicações. O apoio da entidade é primordial nas nossas mobilizações atuais”, afirmou. Em nome da COBAP, Vassil agradeceu a participação da presidente da Associação Viva a Vida e das quase cinquenta mulheres aposentadas e pensionistas presentes na audiência.
O senador Paulo Paim afirmou que o próximo passo será entregar o documento aos ministérios responsáveis até que as reivindicações sejam atendidas. Também participaram das mesas da audiência pública o presidente da Anfip, Vilson Romero; o advogado previdenciário, Tiago Kidrik; a presidente da Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários (FAEF), Clarice Maria de Aquino Soraggi e outros representantes da classe.
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